Vamos combinar. Hoje, estamos no século 21, e o mal do século, ninguém nem sabe direito, porque pra falar a verdade, poucos se preocupam... Aconteceu terremoto no BRASIL!! Teve furacão, tem pai que mata filha, e tem pai que gravidades filha, 7 VEZES! O mundo, ta ficando 'velho', quando falo assim, é LITERALMENTE, velho. Ninguém anda se preocupando com o desmatamento, com o aquecimento, e com a poluição... Ninguém se preocupa com o que tem que se preocupar... Pra falar a verdade, as pessoas, se preocupão com o que ta passando na TV, em quanto é noticia, e quando simplesmente 'o caso é resolvido', beijos e tchau, ninguém lembra mais do acontecimento... Mas o que eu queria falar, não era isso. Era só a introdução que eu quis levar dessa forma, as pessoas se preocupam com o que NÃO tem que se preocupar, e o que NÃO tem, acaba se preocupando.
A festa, acontece agora, se chama 'raves', para nós, de dentro, é simplesmente 'a festa'. As 'raves', na minha opinião, deveria mudar de nomes. Quando começamos com a palavra 'rave', automaticamente, ja ligam o nome a 'jovens dançando dias, drogados, com aquela musica cheia de batida irritante, tocando sem parar, no mesmo ritmo sempre, loucos', acredite, pelo menos 90% de quem eu digo sobre 'as festas', se espantam e diz praticamente toda essa frase montada... É ignorância.
No rio de janeiro, é proibido ter mais de 12 horas de festa. E para outros, é mais que suficiente. Ja o resto do Brasil, acontecem festivais [como esse da fotografia, UP]. As festas, para nós, que estamos dentro, tem objetivos, significados, e porque's, tem também a liberdade de expressão, a liberdade falar que pensa, que acha, e andar como quer. Ninguém rir de você numa festa. Respetam sua forma de ser, agir e pensar. Comparávelmente, eu acho, que o 'woodstock' é agora. Acontece, em pelo menos, 1 vez por mês no Rio, mais 2 vezes por mês em são paulo, e mais algumas vezes por mês em todo RESTO DO BRASIL. Acontecem, por ano, cerca de 8 festivais, só no PAÍS, e acredite também, pessoas de todos os lugares, fazem o que pode para ir, e vão.
Então, me perguntam por que?
Se podemos ser livres, fazer o que quer, pensa, andar como deseja, beijar, amar, respeitar o próximo, ser consciente em relação a vida, ao próximo, a natureza, levar tudo numa boa, com sombra, musica, e água fresca, gente bonita, esquisita, diferente, alta, branca, preta, pintada, rosa, independente de como seja, aceitamos, abraçamos e acima de tudo, respeitamos. Estamos sempre diante do paraíso, esquecendo dos problemas, fazendo deles as soluções do nosso futuro, mas em quanto a música rola, deixa eles de lado. Estamos sempre também em harmonia, independente da raça, religião ou opção sexual.
E perguntamos a essa hora. Gostaria de viver assim? E respondemos por você, 'pois é, nós vivemos como queremos, simplesmente somos assim, felizes'. E quem lê, ninguém acredita.
Eu só tenho 19 anos, a bera dos 20, passa-se agora, milhões de coisas na minha cabeça, passa que agora, começa minha vida, terminei de estudar, procuro emprego, estudo para faculdades publicas, e cai, infelizmente no sistema... Mas hoje, no século 21, sabemos que não tem como sair, assim como nossos avos, da 'era hippie', queriam fazer, e não fizeram. Nós, jovens, inventamos as 'raves'. Para, ja que não podemos sair 'do sistema', pelo menos algumas vezes ao mês, ou até ao ano, saiamos. Vivemos que queremos, com a liberdade que queremos, com os desejos que desejamos, e sejamos felizes pelo menos alguns dias, horas ou segundos dessa vida.
[...]
Vivemos, sim, uma revolução fria. Existem hoje, milhões, bilhões, de jovens, que freqüentam festas dessas, e que leva sempre o amigo, o amigo do amigo, e sempre rola 'o amor a primeira vista'. Porque é impossível não sentir o que sentimos...
Vivemos SIM, hoje, uma situação discreta, que todos sabem que acontecem, mas ninguém interrompe. Vivemos além de tudo, a vida, e isso, ninguém pode tirar de nós.
por Isabelle Martins.
[prometo um texto elaborado, agora eu só vomitei que eu pensava]
fotografia do UNIVERSO PARALELLO, [festival de cultura e musica eletrônica]
acontece na Bahia, Praia de Pratigí, todo fim de ano.
